sábado, 15 de agosto de 2009

Um belo dia para ouvir Roberta Sá.




Que o cenário da música popular vem sendo invadido por jovens intérpretes nos últimos anos, isso é fato. Mas entre tantos que me vieram à cabeça, não poderia deixar de dedicar esse texto em especial à musicalidade dessa moça que veio chegando sutilmente aos meus ouvidos, até transbordá-los.
Essa tal de Roberta Sá vem abrilhantando minhas viagens a PUC, tornando-a até mais divertida e prazerosa, eu diria. Encantei-me por sua voz logo de primeira, quando escutei sua interpretação de “Pelas Tabelas” - Chico Buarque - no “Sintonia Fina”, programa de Nelson Motta na rádio MPB FM.
Como não poderia deixar de ser, o jornalista descreveu a cantora com todos os elogios existentes na língua portuguesa, prevendo um futuro promissor. E não é que ele acertou?

Nascida em Natal (RN), foi apresentada ao Rock dos Beatles e à Bossa Nova pelos pais, logo na infância. Mudou-se para o Rio quando ainda era pequena, e ao completar dezoito, fez um intercâmbio nos EUA, onde estudou canto durante um ano. Ao retornar, fez jornalismo e continuou com suas aulas de canto. Fez vários testes e acabou entrando para o programa FAMA, da rede Globo, onde conheceu Felipe Abreu – irmão da cantora Fernanda Abreu - que se tornou seu preparador vocal e lhe incentivou preparar um show, que foi realizado no Mistura Fina alguns meses depois, e logo após lhe recomendou a gravar uma demo.

Conheceu Rodrigo Campello, que virou seu produtor. Eles gravaram sob encomenda de uma empresa um álbum promocional intitulado "Sambas e Bossas", com grandes sucessos da MPB. Mas foi em 2005 que Roberta lançou seu primeiro álbum intitulado “Braseiro”, com sucessos de grandes nomes, como Paulinho da Viola e o próprio Chico, como também de novos nomes da música nacional, como Marcelo Camelo, Teresa Cristina, Rodrigo Maranhão e Pedro Luís, cuja música leva o nome do CD.

Bom, depois de deixá-los com um belo resumo de sua vida, não poderia esquecer de registrar meu encanto por sua arte. Ela conseguiu unir em sua melodia e voz uma sutileza que poucos conseguem. É agradável, doce, leva qualquer leigo a um entendimento musical, o que é para poucos. Ainda não fui a nenhum show de Roberta, mas pretendo ir em breve e penso que ao vivo, sua dança junto à interpretação contagiante ao cantar, deixe um ar puro e novo. Um ar que a nossa música anda precisando respirar bem mais vezes.

2 comentários:

Victor disse...

Pena que a Roberta Sá não leu isso, senão você seria a futura acessora de imprensa dela. hehe

PS: Meu querido cineasta Victor Hugo? Não é por isso não, mas seu texto abaixo é maravilhoso, não imagina que era tão bom... é tão, Lhuar.

Anônimo disse...

Eu enrolo cada vez mais pra ouvir a Roberta Sá. É bão assim? Eu gosto da Ana Cañas, tá lançando cd ela. Tão fofa! :*

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